Não Se Mova – Parte 3
5 minutos…
Beatriz era só desespero. O pequeno balde pendia o peso da água e das pedras de gelo puxavam os prendedores e, por consequência, seus mamilos…a dor era aguda e intensa…ela temia que algo sério acontecesse…Mas ela confiava em Vinícius. Ela sabia que ele era super preocupado com segurança, o que não o impedia de ir ao máximo dos limites que ela colocara…seus tendões e músculos doíam bastante, as cordas a apertavam em todas as partes…o tempo era seu inimigo..
4 minutos…
Vinicius observava atento, próximo a ela, atento aos pregadores e ao balde…o peso não era tanto quanto devia parecer para Beatriz, mas o efeito se multiplicava na mente dela, ele sabia. Ele consultou o cronômetro, sabia que ela tinha chance de conseguir, mas ele sempre venceria, mesmo que ela não aguentasse, ou que a gravidade simplesmente exercesse sua força. Indiferente a qualquer preparação
3 minutos…
Beatriz começou a sentir mais a dor que a excitação, embora esta última não a abandonasse…ela iria tentar até o fim, era sua maneira de se afirmar, não como um desafio, mas como provando ao máximo tudo que gostava…se não fosse a corda que a suspendia do chão ela já teria caído e não teria a menor chance de chagar ao final do tempo…aliás quanto tempo faltava? Parecia que ela estava lá há muito mais que 5 minutos
2 minutos…
Vinicius verificou se os dispositivos de segurança estavam próximos…tesoura de segurança, água, alimentos simples toalha…ele sorria…maravilhado…Beatriz superava suas expectativas sempre…o que o estimulava a ser cada vez mais criativo…mas ele nunca cedia…mesmo na beira dos seus limites
1 minuto…
Beatriz estava no final de suas forças…a palavra de segurança passou por sua mente …ela nunca a usara, mas desta vez estava realmente considerando…tudo doía, e ela achava que o tempo nunca ia terminar…sua boca estava seca, ela circundou os lábios com a língua, ela inspirou, fechou os olhos…
Vinicius removeu o balde e o colocou no chão. Rapidamente a segurou com um dos braços, uma de suas pernas, apoiando as pernas dela. O outro começou a soltar a corda que prendia as pernas dela ao arreio de quadril. Depois Foi para a linha de suspensão e , destravando-a, começou lentamente a descer o corpo de Beatriz.
O alívio que ela sentiu com a remoção do peso a fez gemer junto com a expiração, ela não se importava mais se aquilo ia pesar contra ela. Seu calcanhar tocou o chão e uma sensação de alívio começou a tomar conta, embora a tremedeira ainda se manifestasse. Ela respirava fundo sentindo tanta coisa ao mesmo tempo que não dava pra descrever
Vinicius desceu a corda e guiou o corpo de Beatriz para que ela fosse se deitando aso poucos. Não desfez a linha de suspensão, travando a corda novamente , por segurança. Ele se sentou ao lado dela e a posicionou em seu colo, o tronco apoiado no dele. Acariciou os cabelos dela e sussurrou em seu ouvido. – Se prepare, vou remover os pregadores…
Ela abriu os olhos arregalando-os… Pensou em dizer não, mas sabia que, se o dissesse, ele deixaria os pregadores por mais tempo. Ela fechou os olhos e assim que ele removeu o pregador do mamilo esquerdo ela gritou…O sangue voltou a circular sem piedade, um sadismo líquido de seu próprio corpo contra ela mesma, e a dor foi gigante também…ele removeu o outro e ela gritou novamente…ele a apoiou contra si mesmo e começou a massagear os seios levemente, segurando-os por baixo, o que aliviou um pouco a dor..
Beatriz se contorcia nas cordas – era o que ela pensava, pois mal tinha forças pra se mover – ainda agoniada pela dor nos mamilos, mas o toque dele realmente trazia um pequeno alívio. Ele permaneceu acolhendo-a, pegou uma outra garrafa de água próxima e a levou à sua boca, aliviando a sede. Quando ela estava um pouco melhor, ele a inclinou pra frente e soltou seus pulsos apenas – a amarração permitia isso – e massageou-os. Ela sentia menos pressão, mas ainda estava amarrada , a linha de suspensão entre eles, embora apenas como apoio.
Vinicius removeu as cordas que prendiam as coxas de Beatriz, e afastou suas pernas. Ela não resistiu. El começou a puxar sua calcinha para baixo, lentamente e sem pressa. A calcinha ficou solta em volta do tornozelo direito. Ele gostava deste tipo de imagem. Ele a acomodou mais em seu colo, as costas dela poiadas em seu peito, os cabelos negros longos desarrumados caindo sobre o rosto dela. Quando se sentiu satisfeito, introduziu suavemente seu dedo médio na buceta encharcada.
Beatriz suspirou, levantando a cabeça assim que sentiu o dedo. Aos poucos ele ia um pouco mais fundo, ao mesmo tempo em que o polegar dele roçava quase que sem encostar seu clitóris. Uma onda de estímulo a acordou por dentro, irradiando-se debaixo para cima, religando seus “circuitos” de prazer aos das dores , tanto as remanescentes como as das cordas que ainda envolviam seus o braços e seios. Um gemido involuntário se fez ouvir.
– Você merece – disse ele, introduzindo mais um dedo e fazendo um movimento de vai e vem muito lento e suave. Seus dedos deslizavam na superfície úmida e morna, seu polegar agora fazia uma pressão mais sensível e também deslizava. Ela tentou fechar as pernas mas ele não permitiu, usando seu braço como trava,
Ele sentiu quando ela começou a remexer o quadril buscando mais contato. Ele curvou os dedos em gancho, buscando ir mais fundo. Sua outra mão abandonou os seios e se fechou em garra, sem pressionar, em torno do pescoço dela. Isso o fez sentir a respiração dela ficar mais pesada, as mãos libertas das cordas moviam o que era possível dos braços em movimentos descoordenados e sem sentido.
Beatriz sentiu a pressão em seu pescoço aumentando gradativamente, em conjunto com o movimento da mão e dos dedos dentro dela. Quando ela sentiu que a pressão nas laterais de seu pescoço começavam a impedir o fluxo sanguíneo de forma mais concreta, ela sussurrou:
– Posso…Dono…?
Ele sorriu acenando com a cabeça e aumentando um pouco mais a pressão no pescoço e a velocidade e a pressão dos seus dedos dentro dela, agora definitivamente molhados e melados…ele olhou fixamente para o corpo que lutava com as amarras, que se contorcia, com as pernas lutando contra a vontade de se fechar, com os olhos arregalados sentindo a necessidade de respirar quando ela começou a estremecer…seu ventre vibrava involuntariamente, um grito literalmente preso na garganta saiu entrecortado…ele soltou o pescoço de Beatriz, e a abraçou , puxando o corpo dela de encontro ao dele, deixando que ela fechasse as pernas, que apertaram sua mão com muita força…Quando a pressão cedeu, ele removeu a mão, lambendo seus dedos, provando o gosto dela, que ele tanto apreciava…
Beatriz se largou o quanto podia, seios e pernas a mostra, vestido amarfanhado, calcinha pendendo do tornozelo…ela tentava recuperar a respiração…
Vinicius aguardou mais alguns minutos , uma de suas mãos habilidosamente soltando as cordas usando apenas o tato, olhando para Beatriz.
– Você se saiu bem o suficiente…Vamos ver daqui a pouco o quanto você aprendeu a não se mover – ele disse, pegando uma das pedras de gelo quase derretidas e introduzindo no canal ainda molhado no meio das pernas dela…

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